ELEIÇÕES TRAZEM NOVOS DESAFIOS DO SÉCULO XXI
Com 8,51 milhões de quilômetros quadrados de área, equivalente a 47% do território sul-americano, e com cerca de 190 milhões de habitantes, o país possui a quinta maior área territorial do planeta e o quinto maior contingente populacional do mundo. Quase metade do seu território é coberto pela floresta Amazônica (3,6 milhões de km²), a principal reserva de biodiversidade do planeta. O Brasil é uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, resultado da forte imigração vinda de muitos países. Oitava maior economia do planeta, com o Produto Interno Bruno - PIB por volta dos US$ 1,6 trilhão, (maior economia latino-americana), o Brasil tem hoje forte influência internacional, seja em âmbito regional ou global. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano – IDH é de 0,813 sendo o 75º do mundo. É, no entanto, um país de contrastes que amarga o 9º pior índice GINI (que mede a concentração de renda) do mundo, tem 10% de sua população (11 milhões) de analfabetos e, quando se projeta para o analfabetismo funcional (que escreve com dificuldade), esse percentual sobe para 25% (33 milhões). Entre as causas da desigualdade podemos citar os 400 anos de regime escravista que apenas explorou a população negra sem investir no desenvolvimento humano, a estrutura agrária latifundiária de economia voltada para a exportação, somada a pouca prioridade dada à educação no decorrer de sua história e a privatização do Estado O Brasil foi colônia do Império Português desde o desembarque de Pedro Álvares Cabral em 1500 até 1815, quando se tornou um Reino Unido com Portugal. Em 1822 o país se tornou independente, formando o Império do Brasil, época em que esteve sob a soberania da família imperial brasileira, um dos ramos da Casa de Bragança, por quem era governado desde 1500, no Brasil Colônia. Em 1889 torna-se uma república, embora a legislatura bicameral, agora chamada de Congresso, remonte à ratificação da primeira Constituição em 1824. Desde a proclamação da república brasileira em 1889, o Brasil tem sido governado por três poderes, o judiciário, legislativo e o executivo, em que o chefe do último, eleito a cada quatro anos pelo voto popular, é o presidente do Brasil. Atualmente o Brasil vive um momento diferenciado da sua história política. Desde 1930, nosso país passou por imensas transformações, em um processo que manteve, ao mesmo tempo, elementos de continuidade e elementos de ruptura. Isso fez mudar sua fisionomia econômica, social, política e cultural, de forma profunda e irreversível. De país rural, tornou-se urbano. De agrícola, industrializado. De um Estado restrito às elites, passou-se a um Estado nacional. De país voltado ao exterior, passou-se a outro voltado sobre si mesmo. De Getúlio Vargas a Lula da Silva transcorreram décadas fundamentais com elementos progressivos e regressivos, contradi¬tórios, que chegam ao começo do século XXI caracterizados por uma circunstância nova. Esta circunstância tanto pode se fechar, sob a forma de um marcante parêntese, como se tornar uma ponte para a ruptura definitiva do modelo herdado e para a continuidade em um novo patamar da construção de um país justo, democrático, soberano.