O QUE É ECOLOGIA SOCIAL?por Murray Bookchin
“Cresça ou Morra” – Murray Bookchin. Assim como as hierarquias e as estruturas de classe haviam adquirido momento e permeado muito da sociedade, também o mercado começou a adquirir uma vida própria e extender seu alcance além de algumas poucas regiões às profundezas de vastos continentes. Onde a troca havia sido primariamente um meio de prover necessidades essenciais, limitadas por guildas ou por restrições morais e religiosas, a troca de longa distância subverteu esses limites. Não apenas a troca colocava grande importância na técnicas para a produção crescente, ela também se tornou a progenitora de novas necessidades, muitas delas totalmente artificiais, e deu um tremendo ímpeto ao consumo e ao crescimento do capital. Primeiro no norte da Itália e nas terras baixas européias, e depois – e mais decisivamente – na Inglaterra durante os séculos XVII e XVIII, a produção de bens exclusivamente para venda e lucro (a produção da mercadoria capitalista) rapidamente pôs de lado todas as barreiras sociais e culturais para o crescimento do mercado. Ao fim do século XVIII e XIX, a nova classe industrial capitalista, com seu sistema de indústrias e dedicação à expansão ilimitada, havia embarcado na colonização de todo o mundo, incluindo a maioria dos aspectos da vida pessoal. Ao contrário da nobreza feudal, com seus estimados castelos e terras, a burguesia não tinha lar senão no mercado e nos cofres dos bancos. Como classe, tornou mais e mais do mundo um domínio das fábricas. Nos mundos antigos e medievais, empresários haviam normalmente investido lucros na terra e viviam como povo do campo, dados os preconceitos de seus tempos contra os ganhos “de má origem” do comércio. Mas os capitalistas industriais do mundo moderno deram à luz um mercado amargamente competitivo que colocava um alto valor na expansão industrial e no poder comercial que lhe seguia, funcionando como se o crescimento fosse um fim em si mesmo. Na ecologia social é crucialmente importante reconhecer que o crescimento industrial não resultava e não resulta de mudanças apenas na cultura – ainda menos do impacto da racionalidade científica e tecnológica sobre a sociedade. O crescimento ocorre acima de tudo por fatores duramente objetivos criados pela expansão do próprio mercado, fatores que são praticamente insensíveis a considerações morais e tentativas de persuassão ética. De fato, apesar da associação próxima entre o desenvolvimento capitalista e a inovação tecnológica, o imperativo mais impulsionante de uma empresa no cruel mercado capitalista, dada a competição barbaramente desumanizadora que prevalece lá, é a necessidade de uma empresa de crescer para evitar perecer na mão de seus rivais igualmente bárbaros. Por mais que a ganância possa ser uma força motivadora, a pura sobrevivência exige que o empresário deva expandir o aparato produtivo dele ou dela para permanecer à frente dos outros. Cada capitalista deve, resumidamente, tentar devorar os rivais dele ou dela – ou por eles ser devorado. A chave para essa lei da vida – para a sobrevivência – é a expansão, e a necessidade para lucros cada vez maiores, a serem investidos, por sua vez, em expansão posterior. De fato, a noção de progresso, que uma vez já havia sido identificada como uma fé na maior cooperação e cuidado entre os seres humanos, é agora cada vez mais identificada com maior competição e crescimento econômico irresponsável. O esforço de muitos teóricos ecologistas bem-intecionados e seus admiradores em reduzir a crise ecológica a uma crise cultural ao invés de social desorienta e leva ao erro. Por mais bem-intecionado ecologicamente que um empresário possa ser, a dura realidade é que a própria sobrevivência dele ou dela no mercado exclui o desenvolvimento de uma orientação ecológica significativa. A adoção de práticas ecológicas fortes coloca um empresário moralmente preocupado numa desvantagem enorme, de fato fatal, numa relação competitiva com seu rival – que, operando sem regras ecológicas ou preocupações morais, produz mercadorias baratas a custos baixos e tira maiores lucros para futura expansão de capital. O mercado tem sua própria lei de sobrevivência: apenas os mais inescrupulosos pode chegar ao topo na luta competitiva. De fato, na medida em que movimentos ambientais e suas ideologias buscam apenas moralizar quanto à malvadeza da nossa sociedade anti-ecológica e pedem mudanças em estilos de vida e atitudes pessoais, eles obscurecem a necessidade para ação social concertada e tendem a desviar a luta por mudança social de longo alcance. Enquanto isso, as corporações estão habilmente manipulando o desejo popular por práticas pessoais ecologicamente fortes ao cultivar miragens ecológicas. A Mercedes-Benz, por exemplo, clama numa propaganda de revista de duas páginas, decorada com pinturas de um bisão de uma caverna paleolítica, que “nós devemos trabalhar para tornar o progresso mais sustentável ecologicamente ao incluir temas ambientais no planejamento de novos produtos.”[i] Tais mensagens são lugar-comum na Alemanha, um dos países mais poluentes da Europa ocidental. Essas propagandas são igualmente manipuladoras nos Estados Unidos, onde os poluidores-chefe declaram piamente que, para eles, “cada dia é Dia da Terra.” O ponto que a ecologia social enfatiza não é que persuasão moral ou espiritual não sejam necessárias; elas são necessárias e podem ser educativas. Mas o capitalismo moderno éestruturalmente amoral e portanto insensível a apelos morais. O mercado moderno é levado por imperativos próprios, independentemente de que tipo de CEO se senta no banco de motoristas da corporação ou se segura em suas barras de segurança. A direção que essa corporação segue não depende das prescrições éticas ou inclinações pessoais mas em leis objetivas de perda, crescimento ou morte, devorar ou ser devorado, e por aí. A máxima “negócios são negócios” nos diz explicitamente que fatores éticos, religiosos, psicológicos e emocionais não tem virtualmente espaço algum no mundo predatório da produção, lucro e crescimento. É tremendamente enganador acreditar que podemos mudar esse mundo duro e praticamente mecânico em suas características objetivas simplesmente por meio de apelos éticos. Uma sociedade baseada na lei do “cresça ou morra” como seu imperativo que tudo permeia deve por necessidade ter um impacto devastador sobre a primeira natureza. Tampouco o “crescimento” aqui se refere ao crescimento populacional; a atual idéia que os países de crescimento populacional são os ecologicamente mais danosos não procede; ao contrário, os mais sérios violadores dos ciclos ecológicos se encontram nos grandes centros do mundo, que envenenam não apenas água e ar mas produzem os gases do efeito estufa que ameaçam derreter as calotas de gelo e inundar vastas áreas do planeta. Imaginemos que pudéssemos cortar a população do mundo ao meio: o crescimento da espoliação da terra mudaria? O Capital continuaria a insistir que seria “indispensável” ter dois ou três de cada bem doméstico, veículos motorizados ou “gadget” eletrônico quando um seria já ótimo, ou talvez demais. Além disso, os militares continuariam a exigir cada vez mais instrumentos letais de morte e devastação, e novos modelos lhes seriam fornecidos anualmente. Nem tampouco tecnologias mais “soft”, se produzidas num mercado cresça-ou-morra, deixariam de ser usadas para fins capitalistas destrutivos. Há dois séculos, vastas áreas de floresta na Inglaterra foram transformadas em combustível para forjas de ferro que não haviam mudado muito desde a Idade do Bronze, e velas comuns guiavam os navios abarrotados de mercadorias para todas as partes do mundo até bem adentro do século XIX. De fato, muito dos Estados Unidos foi limpo de suas florestas, vida nativa e habitantes aborígenes com ferramentas e armas que, embora um pouco modificadas, seriam reconhecidas por homens da Renascença muitos séculos antes. O que as técnicas modernas fizeram foi acelerar um processo que já estava bem a caminho desde o fim da Idade Média. Elas não podem ser tidas como unicamente responsáveis por práticas que aconteciam havia séculos; elas só aumentaram o dano causado pelo sistema de mercado sempre a se expandir, cujas raízes, por sua vez, estavam numa das transformações sociais mais fundamentais da história: a elaboração de um sistema de produção e distribuição baseado na troca ao invés da ajuda complementar e mútua.
A JUVENTUDE BRASILEIRA E A VIOLÊNCIA
A violência é, seguramente, o problema que mais aflige e preocupa os brasileiros nos dias atuais. Ela medievaliza as relações humanas, deixa a sociedade aterrorizada e gera uma sensação de impotência diante do crime. Nos últimos tempos, tornou-se premente a missão de discutir e implantar medidas capazes de enfrentar esse fenômeno. Infelizmente, nesse cenário de medo e insegurança sempre surgem teses arriscadas e precipitadas, como a que joga toda a culpa da escalada da violência em cima da juventude. É necessário agirmos com cautela nesse debate. Lamentavelmente, temos constatado que uma pena duríssima já é aplicada, na prática, a milhares de adolescentes todos os dias. As estatísticas mostram que a violência se transformou em uma das principais causas de morte de jovens. De acordo com o Unicef, 16 crianças e adolescentes brasileiros morrem por dia, em média, vítimas de homicídios. E as pessoas com idades entre 15 e 18 anos representam 86,35% dessas vítimas. Enquanto a taxa de mortalidade por homicídios de adolescentes está em torno de 35 por 100 mil habitantes, a da população em geral encontra-se em 27 por 100 mil segundo dados do Datasus. Por outro lado, de acordo com o Ilanud (Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente), o percentual de jovens com idade inferior a 18 anos que comete atos infracionais é de menos de 1% da população total nessa faixa etária. No universo de crimes praticados no Brasil, os delitos cometidos por adolescentes não chegam a 10%. É fundamental lembrar que, ao contrário do que se diz, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 1990, é um importante instrumento de coerção. O sistema previsto pelo ECA prevê o tratamento dos jovens infratores como sujeitos de direitos e de responsabilidades. No caso de infração, estabelece medidas sócio-educativas, cuja finalidade é punir, sim, mas ao mesmo tempo prepará-los para o convívio social. O problema, portanto, não está no Estatuto, mas na falta de aplicação de seus preceitos por muitos governantes. Estudos têm demonstrado que quando essas medidas são corretamente implementadas, é baixo o grau de reincidência dos jovens no mundo do crime. Mas hoje o que vemos é a priorização das medidas de internação em instituições que mais parecem depósitos de jovens. Em vez de oferecerem oportunidades para eles se desenvolverem e reconstruírem suas vidas, funcionam como verdadeiras escolas para a criminalidade. Levantamento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou que 71% dessas entidades não estavam adequadas às necessidades da proposta pedagógica prevista pelo ECA. Inadequações que iam da inexistência de espaços para atividades esportivas e de convivência até as péssimas condições de manutenção e limpeza. É diante desse panorama que devemos agir. Recentemente, a Secretaria Especial de Direitos Humanos e o Conanda (Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) apresentaram o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), um documento que detalha os parâmetros traçados pelo ECA e estabelece diretrizes nacionais para nortear as políticas públicas voltadas para os adolescentes infratores. Portanto, ele pode e deve ser um ponto de partida para a transformação da realidade. Uma de suas principais propostas é a ênfase às medidas em meio aberto (de prestação de serviço à comunidade e a liberdade assistida) em detrimento da internação, que deve ser um último recurso. Para que isso dê certo, porém, é preciso envolver toda a comunidade família, escola, rede de saúde e assistência social e melhorar os mecanismos de acompanhamento desses jovens, oferecendo-lhes alternativas para a construção de um novo projeto de vida, baseado em valores como a cidadania, a ética, o respeito, a honestidade e a solidariedade. Se queremos inverter a cruel lógica da violência e viver em uma sociedade justa e fraterna, não podemos descuidar, um minuto sequer, das nossas crianças e adolescentes.
ENERGIA EÓLICA! UMA IDEIA QUE DA CERTO
Geração de energia eólica no Brasil Apesar de ter um território vasto com ótimo potencial de geração de energia elétrica utilizando o vento, o Brasil ainda produz pouca energia a partir desta fonte. Atualmente, o Brasil produz cerca de 1.200 megawatts, correspondendo a apenas 0,6% de participação no sistema elétrico nacional. São apenas 46 parques eólicos (usinas eólicas) em todo território nacional (dados de 2012) Principais Parques Eólicos no Brasil - Complexo Eólico Alto Sertão I - localizado no semiárido baiano, é o maior parque gerador de energia eólica do Brasil e também da América Latina. As 184 torres geram 294 megawatts de energia (cerca de 30% de toda energia eólica gerada no Brasil). Inaugurado em junho de 2012, o complexo pertence a empresa Renova Energia e teve investimento de 1,2 bilhão de reais. - Parque Eólico de Osório: instalado no munício gaúcho de Osório, é o segundo maior centro de geração de energia eólica no Brasil (em 2011). Possui a capacidade instalada de 150 megawatts. - Usina de Energia Eólica de Praia Formosa: instalada na cidade de Camocim (Ceará). Possui a capacidade instalada de 104 megawatts. - Parque Eólico Alegria: instalado na cidade de Guamaré (Rio Grande do Norte). Possui a capacidade instalada de 51 megawatts. - Parque Eólico do Rio de Fogo: instalado na cidade de Rio do Fogo (Rio Grande do Norte). Possui capacidade instalada de 41 megawatts. - Parque Eólico Eco Energy: instalado na cidade de Beberibe (Ceará). Possui capacidade instalada de 25 megawatts. A expansão Porém, a boa notícia é que o governo federal contratou 140 novos empreendimentos que deverão estar em operação até o final de 2013. Com estes novos parques eólicos, passaremos a produzir cerca de 5 mil megawatts, passando para 4,2% de participação no sistema elétrico nacional. Esta expansão está atraindo grandes empresas internacionais que apostam no crescimento deste tipo de energia no Brasil. Importância A geração de energia elétrica através desta fonte é de extrema importância para o Brasil, pois se trata de uma fonte renovável e limpa. Com a energia eólica, nosso país está dando um grande passo na direção do desenvolvimento sustentável.
TEXTO LITERARIO SOBRE A INTELIGENCIA HUMANA
"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena. Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei. Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.Mas jamais irei me considerar um derrotado. Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão. Talvez um dia o sol deixe de brilhar.Mas então irei me banhar na chuva. Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.Mas jamais irei assumir o papel de vítima. Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção. Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.Mas não terei vergonha por esse gesto. Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança. Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho. Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos. Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar. Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos. Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração. Talvez hoje eu me sinta fraco.Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente. Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma. Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo. Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas. Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo. Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.Mas passarei a admirar quem sou.Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor. E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia." PENSE NISSO
PRECONCEITUOSOS SÃO MENOS INTELIGENTES, DIZ ESTUDO
Um estudo feito pela Universidade de Ontario, no Canadá, parece ser bastante provocador. A pesquisa chegou à conclusão de que pessoas menos inteligentes - sim, isso é um eufemismo - são mais conservadoras, preconceituosas e racistas. O estudo revela que crianças com baixo QI estão mais dispostas a realizar atitudes preconceituosas quando se tornarem adultas. A pesquisa foi publicada na revista Psychological Science. A descoberta aponta para um ciclo vicioso, em que esses adultos com pouca inteligência ‘orbitam’ em torno de ideologias socialmente conservadoras, resistentes à mudança e que, por sua vez, geram o preconceito. As pessoas menos inteligentes seriam atraídas por ideologias conservadoras, segundo o estudo, porque oferecem ‘estrutura e ordem’, o que dá um certo ‘conforto’ para entender um mundo cada vez mais complicado. "Infelizmente, muitos desses recursos também podem contribuir para o preconceito", disse Gordon Hodson, pesquisador chefe do estudo, ao site Live Science. Ele salientou ainda que, apesar da conclusão, o resultado não significa que todos os liberais são ‘brilhantes’ e nem que todos os conservadores são ‘estúpidos’. A pesquisa é um estudo de médias de grandes grupos, disse Gordon Hodson.
REITOR CONSEGUE VERBA PARA CONSTRUÇÃO DO CAMPUS DA UNEAL EM UNIÃO
DEPOIS DE ALGUNS DIAS ESSE REDATOR,ESCRITOR,REVISOR,ESTOU DE VOLTA PARA ANUNCIAR UMA ÓTIMA NOTICIA. Através de seu facebook, o Reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Professor Jairo Campos, informou que conseguiu, através de empréstimo com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) realizado pelo Governo do Estado, dois milhões de reais em investimentos para a Universidade. "1 milhão e setecentos serão destinados à construção do meu Campus em União dos Palmares e 300 mil serão destinados à construção de uma casa do estudante em Santana do Ipanema na fazenda onde a Uneal está localizada", disse o Reitor. A notícia sobre a verba conseguida para a construção do Campus em União dos Palmares foi bastante comemorada pelos seguidores do professor na rede social. "É o nosso sonho se realizando aqui em União. Parabéns, Jairo", disse Luiz Gonzaga Lima Filho.
"POR ISSO QUE O BRASIL É ASSIM"
Se tem algo que me irrita é ler alguém reclamando de algo e atribuindo a este fator que se está reclamando aos problemas do nosso país. Exemplo: É postado um Funk com um conteúdo muito vulgar e repetitivo ou qualquer Axé. Nos comentários se observa frases como "Por isso que o Brasil é uma merda". Como se aquela música específica fosse a causa de qualquer problema, como falta de educação, saneamento, saúde, segurança... Ou então qualquer comentário sobre um erro de arbitragem em um jogo de futebol: "A mídia esconde isso e trata como chororô. Isso aqui é Brasil, é assim mesmo". Ou mesmo criticando algum programa na TV. Perceberam? Usam problemas sociais do país como bode expiatório para se dizer com razão ao não gostar de algo. Para dizer "eu tenho um bom argumento em não gostar disso". Não quero obrigar ninguém a gostar de X ou Y, cada um tem seu gosto, é algo completamente particular e cabe a cada um determinar o que é bom ou ruim para si próprio. Agora, o RESPEITO é algo que deveria ser mais do que uma obrigação, deveria ser algo que nem precisasse entrar em questão, pois seria de senso comum. Mas não... Vamos criticar algo que não gostamos só porque tem gente que gosta e faz sucesso. De preferência, se fizer muito sucesso, podemos chamar quem gosta de modinha. E melhor ainda, vamos expor problemas sociais SEM QUALQUER LIGAÇÃO com aquilo como se fossem resultado disso que não gostamos. Por favor, onde que eu gostar de um Axé faz do Brasil um país com péssima distribuição de renda? Onde eu assistir BBB faz com que o Brasil deixe de ter um programa de saúde de qualidade? Não faz sentido. ENTRETENIMENTO não é a causa dos problemas do país. Podem usar como argumento o fato de que, ao gostarmos de ver um programa na TV, não lutamos por nossos direitos contra políticos incompetentes. Sim, concordo que deveríamos ser mais ativos nessa questão política, porém não é cancelando o BBB que vai fazer o povo ir às ruas protestar. Não é acabando com o Funk que todos vão começar a ler a legislação brasileira e notar que temos direitos. Não é cancelando programas de humor que tem mulheres seminuas que o povo vai reclamar dos altos impostos cobrados. As pessoas que reclamam disso podem até ter boas intenções. Mas, como dizem, de boas intenções o inferno está cheio. De que adianta boas intenções se o que tanto lutam, caso fosse conquistado, não mudaria nada? Sabe por que nosso país não vai pra frente? Porque os nossos revolucionários gastam energia, tempo e horas de argumentação PELAS CAUSAS ERRADAS. Pelas coisas mais banais que existem. Há um tempo atrás parecia que iriam para as ruas protestar porque uma frase ficou muito famosa. Sabe como eles faziam para que ela parasse de ser propagada? Falando nela a todo tempo e criticando quem gostava de falar isso porque tinha achado graça. Gastando horas de debates para dizer como a frase era sem graça e quem gosta é fútil. Só porque não a acharam engraçada. A frase morreu, já não tem mais graça e todo mundo parou de falar. E aí? O país já é de primeiro mundo agora? Já pagamos impostos condizentes com a realidade dos nossos salários? Já temos um sistema de saúde e de educação públicos de qualidade? E se acabarem com o BBB? E se começarem a escutar Beatles, Ramones, Legião e Barão Vermelho? Teremos tudo isso? BURROS! Parem de criticar o que não está errado. Parem de tratar a consequência como causa. PARE E RACIOCINE DE VERDADE UMA VEZ NA VIDA. SE FUNK, AXÉ, PAGODE, BBB, PÂNICO OU QUALQUER OUTRA MERDA FÚTIL ACABAR, O BRASIL VAI DEIXAR DE SER O QUE É? OU SIMPLESMENTE VAI TER MAIS 500 COISAS QUE VOCÊ NÃO GOSTA PRA ATRIBUIR A CULPA DO NOSSO PAÍS "NÃO IR PRA FRENTE"? FAÇA ALGO DE ÚTIL. LUTE PELAS CAUSAS CERTAS!!!
VOTAR NULO RESOLVE?
Não, mas já é um começo. É um recado claro de que já sabemos que não adianta só eleger. Que queremos fiscalizar, que queremos voto optativo, que queremos o fim da impunidade, que queremos poder tirar de lá quem nos enganou, que queremos votar as nossas leis, que queremos menos impostos, menos governo, que queremos partidos responsáveis, que queremos poder eleger candidatos independentes dos partidos, que queremos ser cidadãos e não súditos. O Voto Nulo é só um recado. É só um começo. Mas já é alguma coisa. É o começo de uma tomada de consciência.
COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES: SOLUÇÃO OU INVERSÃO DE VALORES?
Em nosso pais , existe nas "bancadas" do governo e na sociedade em geral, discussões ao que diz respeito a lei federal conhecida como "Lei De Cotas" que "cria O Programa Diversidade na Universidade". Elas são uma alternativa imediatista e fantasiosa, tanto para o problema das desigualdades sociais, quanto para o sistema escolar no nosso país. A superação das desigualdades sociais que tanto se aspira, está sendo justificada de forma antagônica , pela aprovação desse tipo de lei. É bem verdade que durante a história da sociedade, o negro, sob aspecto da escravidão, viveu um processo de realternância e meio a sociedade e que talvez por isso, em pleno século XXI ouvimos alguns deles argumentando sob tais aspectos. Entretanto, no que diz respeito a segregação não foram só os negros propriamente ditos que sofreram com isso, vale ressaltar que as mulheres há tempos atrás não tinha direito sequer ao voto, e também vivia isolada da sociedade. Em contrapartida enquanto a sociedade almeja por igualdade dentre as camadas da população, o governo assina um documento em que implanta justamente o contrario a desigualdade, e mais do que isso essa lei afronta a própria capacidade do negro, uma vez que fundamenta a ideia errônea que a inteligência depende da cor, logo, com esse mesmo pensamento os negros não teriam a capacidade de competir com os brancos,se não fosse os benefícios do Programa de Cotas. Se por um lado o governo aprova essa lei, afim de esconder a verdadeira origem do problema que não é a diferença de cor, mas sim a deficiência do sistema educacional. Por outro, alguns negros se auto segregam e se acomodam aos benefícios impostos a eles como uma forma de protesto ao preconceito. Não é o fato de uma pessoa ser branca ou negra pobre ou rica, bissexual ou homossexual, que vai determinar sua capacidade, nem tão pouco sua inteligência. Portanto, a questão das cotas raciais no Brasil passa muito mais pela lógica da precariedade educacional do que pela questão étnica. As cotas universitárias para negros evidenciam a necessidade de uma reestruturação no sistema educacional brasileiro.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL-A NOVA FONTE DE VOTOS
A sustentabilidade social é um dos mais importantes setores para a mudança nos panoramas da sociedade. O modo de vida pós-capitalista levou não apenas o homem, mas também o próprio espaço urbano a degradações. A desigualdade social, o uso excessivo dos recursos naturais por uma parte da população enquanto a outra cresce desmedidamente são fatores que são extremamente combatidos no âmbito da sustentabilidade social. Pode-se afirmar que a sociedade obedece a relações intrínsecas com os outros setores de base da sociedade (acesso a educação, desenvolvimento das técnicas industriais, econômicas e financeiras, além dos fatores de ordem político e ambiental) então um primeiro passo que deve ser tomado para a resolução dos agravantes sociais é justamente a responsabilidade social e a agregação a sustentabilidade desses setores. No tocante a aplicação sustentabilidade social pelas empresas, é possível ressaltar que há crescente investimento das grandes marcas do mercado, principalmente os órgãos mais ligados as relações financeiras. Além disso, as indústrias e empresas que vem se envolvendo na sustentabilidade social (ou responsabilidade social), as indústrias sustentáveis, tendem a exercer um imprescindível papel para toda a comunidade. Quando se tomam medidas como investimentos em promoção de trabalhos e de renda, investimento em projetos de ordens sociais, como saúde,infraestrutura etc. são medidas que visam a igualdade entre os cidadãos e os exercícios da cidadania entre outros ganhos. Muitas empresas tem se empenhado ultimamente para esses tipos de projeto, uma vez que eles promovem uma excelente imagem da própria empresa. A sustentabilidade social visa o bem-estar da sociedade de hoje e a de amanhã em iguais medidas. Para que ela de fato se concretize é necessária grande campanha de divulgação, instalada tanto pelas macroestruturas (setores políticos e básicos) quanto por empresas que visem os projetos e a aplicação da mesma. A mobilização social para esse fim também é um fator determinante para a melhora da qualidade de vida. Com certeza isso vai gerar muitos votos a candidatos que fizerem obras concretas nesse setor e não apenas promessas,feitas em periodo eleitoral e depois ser esquecidas por aqueles que posteriormente votaremos.
O QUE É A POLITICOPATIA
Para os sociopatas há uma diferença entre crime e percepção do crime. Eles percebem o que é um crime, mas são incapazes de sentir “culpa” ou “remorso” pelo crime. Certamente o mesmo acontece com os políticopatas. Juntados numa só peça todos os depoimentos petistas sobre este último dossiê incriminatório que foi desarmado o ponto comum de todas as leituras não é tanto a negação, já que a maioria admite que foi real, mas a leitura de que não há ali um crime eleitoral. O mesmo vem acontecendo com a propaganda fora de hora. Realmente nenhum deles, consegue perceber naquilo uma conduta criminosa. Para esses policopatas a percepção é zero. Não há crime, embora seja crime. Para os outros. Abaixo um resumo de características de sociopatas conforme um estudo sobre o tema. Vejam ai se não lembra algumas atitudes bem conhecidas. 1) Projeção da culpa. Ou seja tenta culpar outros pelos seus feitos e podem minimizar seus atos ou mesmo mostrar total indiferença; 2) Predadores que se satisfazem com isso, pois está relacionado aos seus sentimentos de poder; 3) Teme ser passivo em suas relações sociais e muito de sua conduta agressiva tem a haver com o objetivo de evitar um sentimento de submissão; 4) Usam a mentira assiduamente a fim de conseguirem seus objetivos. Geralmente estão bem habilitados para mentir, sendo que estes mentem olhando nos olhos da pessoa, de forma completamente natural. Então tirem suas proprias conclusões.
SENADOR QUER EXTINGUIR SALÁRIO DE VEREADORES
Antes de falar sobre isso,gostaria de expressar um pouco a minha opinião que,ai sim agora quero ver se vai ter ao menos dez (10) candidatos (como aqui em União que são 166 só em 2012). Um Projeto de Emenda Constitucional (PEC), já em tramitação no Senado e de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB), promete causar polêmica entre os vereadores, mas galvanizar o apoio de ponderáveis setores da sociedade. O tucano propõe acabar com a remuneração de vereadores nos municípios com menos de 50 mil habitantes. Se aprovada, só em Goiás, 90% das Câmaras Municipais seriam atingidas pelo projeto. O tucano justifica que a proposta é baseada num levantamento feito no País, que mostra a dificuldade dos municípios em arcar com os gastos dos vereadores. Cyro diz que a ideia surgiu do apelo de alguns prefeitos que vão até o seu gabinete e relatam os problemas do município, principalmente com a folha de pagamento dos vereadores. "Dá pena de ver, porque 80% dos municípios vivem nessa dificuldade e não estão dando conta de pagar. A maioria é do Norte e Nordeste do País." O senador conta, por exemplo, que oito vereadores de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul com cinco mil habitantes, recebem R$ 9 mil de salário. "O custo médio de uma Câmara Municipal nessas cidades pequenas é de R$ 150 mil. Parte desse dinheiro poderia ser destinada à saúde, à educação", explica. Números preliminares do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE) mostram que, em todo o Estado, 18.483 pessoas estão na corrida eleitoral em busca de uma vaga nas Câmaras Municipais nas eleições deste ano. Dos 191 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é um dos poucos que pagam salário aos seus vereadores em todas as cidades. Na maioria dos países, o trabalho do vereador visa servir à comunidade. Altos salários e mordomias explicam o grande interesse pelo cargo no Brasil. À intenção do senador é estender a medida de forma gradativa para chegar aos próximos anos às Assembléias Legislativas, na Câmara Federal e até no Senado. "Precisamos ir com calma e, no caso dos vereadores, eles teriam uma ajuda de custo definida por meio de alguns critérios, recebendo até dois salários mínimos.” Fonte http://www.senado.gov.br/ Marina Dutra
É BOM SABER-PESSOAS PRESASreso PODEM VOTAR?
Chegando perto das eleições, muitos se questionam quanto a possibilidade de um preso poder votar, as complicações que eventual voto implicariam, como ficaria o cidadão condenado a prestar serviços a comunidade, etc. Nossa Constituição estabelece em seu art. 15 que é proibida a cassação de direitos políticos (direitos que permitem ao cidadão votar e ser votado), salvo se houver condenação criminal (III) definitiva. Em tal situação toda pessoa condenada, estando presa ou não, não terá assegurado o direito constitucional ao voto, sob o argumento de que estando ausente a liberdade a cidadania estaria incompleta. Mas como ficaria então aquelas pessoas presas que ainda respondem processo, ou seja, qua ainda não foram condenadas em definitivo pela justiça???? A própria constituição nos da resposta ao estabelecer que so há a perda dos direitos políticos nos casos de condenação, logo, por óbvio, diante do fato de que inexiste qualquer outra lei em sentido contrário, a tal preso (chamado de provisório) seria assegurado o direito de cidadania e com isto o seu direito a votar e ser votado. Em março deste ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou as regras, por meio da resolução nº 23.219/2010, para que os presos provisórios pudessem efetivamente exercer seu direito de voto constitucionalmente garantido, devendo ser instaladas seções eleitorais especiais para o voto, junto a penitenciárias e estabelecimentos de internação de adolescentes (direito ao voto a partir dos 16 anos). Ocorre que muitos Tribunais Regionais Eleitorais e Diretores de Penitenciárias temem que as facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho possam interferir, não só no voto dos presos, mas também no sentido de causar rebeliões e tentativas de fugas. Nosso entendimento pessoal, pelo menos neste momento, é que a cidadania não se trata de mero privilégio, até mesmo porque encontra-se assegurada por nossa lei maior, tratando-se de princípio universal que consta na famosa Declaração Universal dos Direitos Humanos. De outra parte, se a Justiça busca, desde longa data, a resocialização do condenado, porque negar-lhe ou reduzir seu direito a cidadania, ainda mais quando a própria constituição a tem como fundamento básico?? Concordamos que o condenado, seja qual for seu delito ou crime, tenha que perder parte de sua cidadania, entretanto, a perca ao direito ao voto, ou seja, na escolha das pessoas que irão governar nosso pais e nossas vidas é por demais elevada e atentatória a dignidade da pessoa humana. Como fica então a situção daquele sujeito que num ato tolo, sem pensar nas consequências, acabou por cometer pequeno delito e acabou condenado a prestar serviços a comunidade? Seria ele assim tão perigoso para a sociedade que teria que ser impedido o direito ao voto???? Será que numa situação desta poderíamos comparar o sujeito que foi condenado por matar alguém com aquele que furtou simples par de tênis, ou que denegriu seu vizinho???? É por demais óbvio que não. Se tal pessoa, mesmo que condenada, estando cumprindo sua pena em liberdade, porque não lhe garantir o seu direito ao voto???? Para se ter uma idéia, o voto aos presos, condenados ou não, é garantido até mesmo em países como Irã, estando igualmente presentes na Argentina e Costa Rica. Certamente o Brasil ainda não avançou nesta direção por falta de interesse político, e porque não dizer também, em preconceito contra aos presos e condenados. Se estamos vivenciando uma Campanha Nacional do Conselho Nacional de Justiça para que as empresas deem oportunidade a ex-detendos ao trabalho, porque não garantir aos atuais detentos direito ao voto??? Muitos poderiam dizer que teria que haver uma mobilização muito grande, o que não seria viável, entretanto, o direito a cidadania há que ser integralmente garantido, independentemente do custo. Exemplo disto é o direito que passou a ser assegurado aos eleitores que estiverem fora de seu local de votação, afim que votem no local em que estiverem, bastanto para tanto fazer simples cadastro na Justiça Eleitoral. Está na hora de deixar-mos de ser tão preconceituosos e exigir que seja garantido, mesmo que aos presos, direito tão importante que é o da escolha de nossos governantes. Até nosso póximo artigo, se assim for a vontade de Deus!
VOTO:DIREITO OU DEVER?
Qual a lógica de se ter um sistema de voto obrigatório em uma chamada democracia? Garantir ao cidadão seu direito de escolha dos representantes políticos é uma coisa; obrigá-lo a fazer isso é outra, completamente diferente. O voto, quando obrigatório, não é um direito, mas um dever. Em nome da suposta “cidadania”, transforma-se indivíduos em súditos. O que está por trás dessa imposição aos eleitores? O que mais se aproxima a um argumento na defesa da obrigatoriedade do voto é a idéia de que os cidadãos deveriam se interessar pelas eleições. Afinal, é através delas que eles serão, supostamente, representados na via política. Mas não é porque algo deveria ser de um jeito que temos o direito de impor nossa vontade aos demais, que podem pensar diferente. As pessoas não deveriam, por exemplo, comer muita gordura. Mas somente alguém com mentalidade muito autoritária iria defender o uso do aparato coercitivo do Estado para obrigar uma certa dieta aos indivíduos. A liberdade de escolha pressupõe que os indivíduos possuem preferências particulares, e contanto que assumam a responsabilidade por seus atos, ninguém deve interferir nessas escolhas sob a forma de coação. Ora, se o sujeito deve ser livre para comer onde quiser, comprar o que desejar no mercado, por que deveria ser forçado a participar de uma eleição a qual não se interessa? Não existem bons argumentos, de fato, para sustentar tal modelo. No fundo, o voto acaba sendo obrigatório pois assim mais pessoas desinteressadas irão votar, e suas escolhas são mais manipuláveis. De forma mais objetiva: fica mais fácil comprar o voto daqueles que, sendo livres, não iriam sequer votar. Normalmente são pessoas com nível de escolaridade inferior, que trocam seus votos por migalhas ou promessas utópicas. A quem interessa manter o voto compulsório? Com certeza, não aos indivíduos que preferem não ter que votar. Os políticos que praticam o jogo sujo da compra de votos e do populismo é que se beneficiam de tal imposição. A mesma linha de raciocínio vale para a idade mínima exigida dos eleitores. Quando os políticos consideram que adolescentes de 16 anos estão prontos para o direito de votar, sabem que, via de regra, esses jovens são mais fáceis de se manipular com a emoção, dispensando a apresentação de propostas mais elaboradas, calcadas na razão. O romantismo juvenil acaba sendo uma boa arma para populistas de plantão. Assim, um mesmo político que considera que um rapaz de 17 anos que cometeu um assassinato ainda não é homem o suficiente para pagar pelo crime, acaba defendendo seu direito de participar da escolha dos governantes do país. Dois pesos, duas medidas. Fiz um levantamento do modelo de votação nos principais países do mundo, e a maciça maioria possui voto facultativo. Apenas Austrália, Bélgica e Cingapura, entre 20 nações observadas, adotam o modelo compulsório. O restante reconhece que o voto é um direito, não um dever. Em todos eles a idade mínima é 18 anos, quando não mais, como no caso japonês, onde votam somente os maiores de 20 anos. Os países analisados que respeitam o direito de votar ou não dos seus cidadãos são: Áustria, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Japão, Coréia do Sul, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos. Creio que temos mais a aprender com o modelo desses países do que ensinar. Infelizmente, tal tema é pouco debatido no país. Está na hora de colocar na pauta de reformas esta questão. Somos cidadãos livres, não súditos. Vota quem quer. A escolha dos governantes deve ser um direito, não um dever.A democracia só existe para o dever de votar,para os interesses políticos do poder,nada mais,pensem nisso.
CUIDADO ELEITOR!COMO IDENTIFICAR UM POLITICO PROFISSIONAL
Devemos buscar saber de sua atuação política principalmente no passado(que é quando mostram sua verdadeira face).Dizem que o brasileiro tem memória curta, por isso, é necessário que tenhamos que despertar nossa memória e gravar em nosso cérebro, a atuação e comportamento daqueles que se apresentam para nos representar. Se a maioria não votar nos candidatos que não honraram com a sua escolha, esqueça, nunca mais vote nele. Você pode identificar o candidato corrupto. Se o mesmo já exerceu algum mandato, procure saber se suas contas foram aprovadas, se ele não sofreu nenhuma multa de algum órgão fiscalizador, como o TCE, TCU ou CGU ou se foi investigado pelo Ministério Público de qualquer esfera. Verifique se em sua administração ele praticou ou deixou praticar a perseguição política, punindo processando aqueles que não comungavam de suas idéias. Veja se houve obras superfaturadas ou de má qualidade em sua gestão. Veja se as obras foram concluídas em sua totalidade, se cumpriu com as promessas de palanque, principalmente nos serviços de saúde, se o hospital municipal funciona bem, se a educação de seus filhos mereceu atenção especial dos gestores e representantes legislativos. Observe quem e quais foram seus colaboradores mais próximos e suas atuações. Observe e compare a multiplicação de seu patrimônio em tão pouco tempo, isso sem justificativas palpáveis, isto é, se ele não é empresário e entrou na política e de repente enriqueceu, isso é sinal de corrupção e esquemas montados para desviar dinheiro público. Procure saber e verifique se em sua gestão as contas foram publicadas e se a maioria da sociedade tomou conhecimento. Verificando e observando esses e outros detalhes, certamente você poderá identificar os maus gestores e se quiserem voltar, negue seu voto, assim, você estará contribuindo para a punição dos políticos corruptos. Veja quem são seus colaboradores mais próximos. Observe e procure saber da evolução de seu patrimônio, sua origem e se estão de acordo com suas possibilidades. Busque saber de seu comportamento para com seus adversários. Se ele respeita o lado pessoal e moral deles, se ele não usa (por meio de terceiros) de artifícios para denegrir a imagem das pessoas, fazendo acusações levianas, sem provas. Se ele age de forma covarde, não assume seus atos e se esconde na imagem de outra pessoa. Seja esperto, pois os políticos corruptos são capazes de tudo para ludibriar você. Eles prometem coisas que não podem cumprir, prometem e alguns até lhe dão dinheiro, mas se você se “VENDER” estará fadado a ser mais um na multidão. Caso isso aconteça de um político safado oferecer, 50, 100 ou 150 reais para comprar seu voto, aceite o dinheiro desse canalha, mas não vote nele, eleja aquele que não compra seu voto. Será um manipulado, um marionete desses crápulas. Você se tornará um serviçal à disposição do mau e contribuirá para que esquemas ilícitos sejam postos em práticas e que os recursos públicos, continuem a ser desviados, enriquecendo ilicitamente esses sanguessugas do dinheiro público. A única coisa que político corrupto jamais promete, é ser TRANSPARENTE. Então senhores eleitores, você é o dono do destino de seu país, de seu estado e de seu município. Só você poderá fazer mudar a sua história, vai depender unicamente de seu VOTO. Se os corruptos vencerem, não se queixe a ninguém, assuma a sua culpa e conviva por mais 04, 08 ou 20 anos. Você será o maior responsável pelo sofrimento de uma população inteira, de uma cidade, ou de um Estado, ou, até mesmo, de um País, a culpa maior é só sua eleitor que elegeu, ou reelegeu um político corrupto.(DICA: SE ELE(A)QUISEREM COMPRAR SEU VOTO,PEGUE O DINHEIRO E VOTE EM OUTRO)
RESPEITO NAS ELEIÇÕES
Esse ano é um ano de renovação. Teremos eleições municipais por todo Brasil, e nós cidadãos conscientes, devemos ficar atentos as condutas de algumas políticos desonestos, que querem chegar ao poder comprando voto. Qual é o preço do seu voto? Esta é uma questão a ser discutida por nós que queremos um País mais justo, igualitário e honesto, entretanto, estamos atordoados com tanta corrupção e favorecimentos ilícitos em nossa política. Não venda seu voto, se você vende seu voto estará contribuindo para colocar os corruptos no poder. Com a aproximação das eleições, será fácil ver os possíveis candidatos oferecendo uma parte suculenta agora e a outra, se eleito forem - cuidando com esta proposta, você poderá estar contribuindo para a proliferação dos corruptos no cenário político. Analisando conscientemente esta questão da venda do seu voto, quem paga pelo seu erro, é a sua cidade. Você deve estar agora se perguntando como minha cidade irá pagar por eu ter vendido um simples voto? Muita calma nesta hora? Vamos saber agora os prejuízos que sua cidade terá se você vender seu voto: Avalie se o dinheiro público está sendo gasto com excesso de cargos de confiança, se existe investimentos durante toda gestão do candidato que comprou seu voto, na área da educação, saúde, esporte, laser, cultura, social, lembre-se avalie os quatro anos do candidato que você vendeu seu voto? É muito importante que você não venda seu voto, seja consciente, não se iluda por proposta de candidatos que querem chegara ao poder a todo custo, ou aqueles que estão a três, quatro ou cinco mandatos á frente de qualquer legislativo por esse Brasil a fora, comprando votos, e quando vence as eleições, vestem a farda da corrupção e se transformam em verdadeiros soldados, em defesa da corrupção. Esse ano seja um cidadão inteligente, dê uma lição de cidadania, não venda seu voto! Afinal voto não tem preço, tem conseqüência.
DESAFIO VOCÊ A LER ATÉ O FINAL
“No momento em que acaba de conquistar o mundo e inicia a conquista do universo, o homem (individual) mesmo é supérfluo. Só contam as massas fervilhantes, gigantescas. Então porque pensar, porque refletir, agir ou reagir? Cada homem sendo substituível, e além do mais inútil, busquemos o homem insubstituível e necessário, e deixemos a ele a tarefa de pensar e agir em nosso lugar”. (H. Lefèbvre, La Somme et le Reste). (Publicado orinalmente na Revista Mosaico 4) Deixemos a ele a tarefa de pensar e agir em nosso lugar. O final do trecho da reflexão de Henri Lefèbvre, filósofo marxista e sociólogo francês, exprime fielmente a atitude inerte dessa sociedade. Considera-se inertes, meus caros colegas, aqueles que insistem em dizer simplesmente: “Não discuto política”; “Não gosto”. E pior: “As pessoas que discutem sobre isso são chatas. Estragam minha noite e minha balada”. Quem imagina não estar inserido na chamada “participação política” está enganado. Primeiramente, pelo fato de que “votam” – entre aspas, e acho propício explicar o porquê: a escolha do voto no Brasil é pior do que escolher um produto novo no mercado: “Ah, esse eu não conheço. Mas não custa experimentar, né?”. Não os culpo. Nem a mim, claro, que ainda não sei bem como melhorar minhas atitudes. Não tivemos política na escola. Muito menos na universidade. Nossos pais, se nos ensinam algo é sob um ponto de vista totalmente parcial. Não fomos treinados a isso. Se você é uma exceção, eu o(a) invejo. Neste momento, somos praticamente eu e você, caro leitor, pois imagino que você é um dos poucos que chegou nessas linhas que agora se desenvolvem. E o mais triste é saber que pouco tenho a lhe dizer, considerando que ainda me faltam faculdades teóricas para compreender a política que nos cerca. Mas, continuo insistindo nessa tentativa – por enquanto frustrada – de ser menos egoísta. Justamente, por que acredito que fazer e entender política é, na verdade, se preocupar com o próximo. Sim, porque nos tempos atuais são dois grupos que se interessam por política: aqueles que querem dominar e aqueles que não estão satisfeitos com a sociedade. Se você não é nenhum deles, fique “feliz”! Pelo menos você não é massacrado pela opinião pública. E ainda pode fingir que é uma boa pessoa. Afinal, você “não é” corrupto. Infelizmente, – e os políticos honestos que me desculpem, pois tento acreditar que eles possam existir – somos comandados por falsos sábios oportunistas. Platão deve se revirar no túmulo, logo ele, que não acreditava na democracia e julgava que nossa sociedade deveria ser comandada por sábios. Mas não existem sábios no capitalismo. Marx bem sabe. Existem espertos – aqueles que estão favoráveis a sua, a minha, a toda e qualquer alienação. Mas, eu não sou ninguém. Só mais um ser humano substituível, como diria Lefèbvre. Um homem que pouco antes de sua morte declarou: “Devo continuar o meu combate pela teoria? Por vezes, pergunto-me se perdi o meu tempo”.
MÁRIO GOMES DE BARROS
Filho de Laurentino Gomes de Barros Rego e de Maria Amália Maia Gomes de Barros Rego nasceu no Engenho Amapá na cidade de Colônia de Leopoldina, no dia 30 de março de 1902. Seus pais católicos tiveram 12 filhos. Estudou na Faculdade Federal de Pernambuco (hoje: Universidade Federal de Pernambuco), onde fez o seu curso de Direito. Casou-se com Ester Lopes Gomes de Barros e tiveram 2 filhos. Mário Gomes de Barros, além de ser advogado, foi prefeito em União dos Palmares de 1933 a 1935. Foi eleito deputado estadual em 1934 e federal em 1945. Depois das eleições gerais no Brasil em 1962 foi suplente do senador Rui Soares Palmeira.[1] Foi um dos políticos que assinou a constituinte depois da ditadura de 1946. Foi presidente do Clube de Regatas Brasil de 1939 a 1940
ÉTICA NA POLÍTICA
A ética pode ser definida como a parte da filosofia que aborda os fundamentos da moral, o que concerne aos princípios da moral - Ciência Ética - e a ordem social (Ordem ética) aquilo que orienta a organização das relações Sociais, em oposição à moralidade, que enuncia os princípios da ação Individual. Define diretamente a forma de comportamento social de um indivíduo ou de um grupo humano (roupas, comportamento e cultura). Os princípios éticos variam de cultura para cultura, e se modificam com o tempo no âmbito de uma mesma sociedade, sendo na verdade um corpo de preceitos e regras que visa dirigir as ações do homem, segundo a justiça e eqüidade; busca as disposições do agir bem, a respeito de si próprio e a respeito dos outros na comunidade humana. Os excessos de preocupações com as questões da ética e moral tendem a intolerância e ao preconceito, tendem ao puritanismo. No sentido inverso podem levar a degradação dos costumes, desagregamentos, abusos e desonestidades. Na atividade político-partidária o discurso deve corresponder à práxis (atividade prática), visando modificar e transformar a sociedade, as relações de produção, as estruturas sociais; somente a Ação ética nas atividades humanas, concebidas como atividades racionais. Unicamente a visão marxista, que identifica a práxis com a própria atividade filosófica, que é na verdade a união da teoria com a prática pode nos levar as conquistas que almejamos. Fundamentalmente a praxia (Conjunto de movimentos coordenados em função de um objetivo) é o caminho da vitória contra as discriminações, pela dignidade, pela democracia e pelo respeito aos cidadãos.
POLÍTICA E CIDADANIA
Existe uma tendência a excluir a relação direta entre política e cidadania, criando uma rejeição curiosa à política e valorizando cidadania, como se fossem termos diversos. Há um vínculo inclusive de natureza semântica entre as duas palavras, que, objetivamente, significam a mesma coisa. A noção de política está apoiada num vocábulo grego, polis (cidade) e cidadania se baseia em um vocábulo latino correspondente, civitatem. Embora a origem etimológica seja diferente, os dois termos propõem que se pense na ação da vida em sociedade (ou seja, em cidade). Isso significa que não é possível apartar ou separar os conceitos. Hoje, encontramos uma série de discursos, lemas e planos pedagógicos e governamentais que falam em cidadania como se ela fosse uma dimensão superior à política. Muito se diz que a tarefa da escola é a promoção da cidadania, sem interferência da política. Não se menciona o conceito de política, como se ele fosse estranho ao trabalho educacional; com isso, pretende-se dar à cidadania um ar de idéia nobre, honesta, de valor positivo. Sob essa ótica, política é sinônimo de sujeira, patifaria, corrupção. Claro que não é assim. Ambas as palavras e ações se identificam. É preciso recusar a recusa do termo política no espaço educacional! Ainda temos essa rejeição ao conceito, como se ele pertencesse a uma área menos significativa e menos decente que a cidadania. Ora, não se deve temer a identidade dos conceitos, pois só assim é possível construir cidadania, no sentido político do termo: bem comum, igualdade social e dignidade coletiva. Assim, é necessário debater a política e isso é debater a cidadania. Falar em política envolve também os partidos, mas não se esgota neles. É toda e qualquer ação em sociedade, portanto, toda e qualquer ação em família, em instituições religiosas e sociais, no mundo das relações de trabalho.
PROGRAMA DA RECONSTRUÇÃO ENTREGA MORADIAS EM UNIÃO DOS PALMARES
Famílias afetadas pelas enchentes do Rio Mundaú, em União dos Palmares, receberam suas casas na manhã desta terça-feira (7). O vice-governador e coordenador do Programa da Reconstrução, José Thomaz Nonô, fez a entrega simbólica das chaves de 385 unidades habitacionais do Residencial Newton Pereira Gonçalves, localizado no município. Após reuniões com representantes nacionais da Caixa Econômica Federal, a instituição sinalizou positivamente para a solução sugerida pelo Governo do Estado de ‘posse precária’ das casas enquanto é resolvida a questão dos registros e contratos. Isso irá agilizar o processo da entrega de cerca de duas mil moradias do Programa da Reconstrução, que estão em fase de conclusão. Uma das primeiras moradoras a receber a chave da nova casa foi Aérica Patrícia Severo da Silva, de 25 anos. Emocionada, ela comemorou o novo imóvel, onde vai morar com o marido e os dois filhos “Eu tive que correr da cheia e os meus vizinhos ajudaram. Como não tenho dinheiro pra pagar aluguel, acabei voltando pra lá. Agora, estou muito feliz porque vou sair da beira do rio. Quando chover, não vou mais ter medo nem ficar preocupada com o que pode acontecer”, relatou a dona de casa. O superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Hérbert Buenos Aires, destacou a parceria entre os governos federal, estadual e municipal, que tem acelerado o ritmo das obras. Segundo o superintendente regional, na próxima sexta-feira (10), será entregue, em Rio Largo, o conjunto José Carlos Pierucceti, com 215 casas e toda infraestrutura completa. Com as entregas desta terça, o Residencial Newton Pereira tem 750 famílias morando em suas novas casas, todas entregues gratuitamente. Até o momento, foram entregues 1.760 unidades habitacionais do Programa da Reconstrução. No total, 15.387 casas estão sendo construídas e, com o avanço das obras, a expectativa do Governo é entregar mais de 10 mil casas até o final do ano.
INTERNAUTAS APOSTAM NA RENOVAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO
Esse ano aumentou para 15 o número de vagas na câmara municipal de União dos Palmares, a falta de credibilidade do poder legislativo tem sido o principal obstáculo para quem pretende conquistar uma vaga no quadro de vereadores. O povo não se senti atraído para assistir as sessões da câmara, a maioria da população não conhece o poder legislativo, não lembra em quem votou e nem acompanha o desempenho de seus representantes. Bruno Praxedes, presidente do poder legislativo, quando se elegeu, prometeu criar um site e divulgar com antecedência a pauta das sessões ordinárias, isso resolveria parte da evasão do povo do plenário. Os membros do programa mesa Z, são os únicos presentes em todas as sessões da câmara, é incrível ouvir os legisladores discurssar só para os blogueiros e mais meia dúzia de pessoas. Essa presença constante mudou o comportamento dos vereadores, pois tudo o que se passa na sessão é divulgado e comentado no programa líder em audiência da Rádio Zumbi. Portanto, é necessário que na próxima gestão se faça uma avaliação dos trabalhos da câmara, tais como, o horário das sessões, as participações populares, a divulgação da pauta, o conteudo discutido, a falta de interação dos legisladores, a evasão do povo, e outros. A população tem direito de saber e precisa saber com antecedência o que vai entrar em pauta, pois a depender do conteúdo, os interessados se farão presente ou não. FONTE:BLOG DO PROFESSOR NIVALDO MARINHO
ELEIÇÕES TRAZEM NOVOS DESAFIOS DO SÉCULO XXI
Com 8,51 milhões de quilômetros quadrados de área, equivalente a 47% do território sul-americano, e com cerca de 190 milhões de habitantes, o país possui a quinta maior área territorial do planeta e o quinto maior contingente populacional do mundo. Quase metade do seu território é coberto pela floresta Amazônica (3,6 milhões de km²), a principal reserva de biodiversidade do planeta. O Brasil é uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, resultado da forte imigração vinda de muitos países. Oitava maior economia do planeta, com o Produto Interno Bruno - PIB por volta dos US$ 1,6 trilhão, (maior economia latino-americana), o Brasil tem hoje forte influência internacional, seja em âmbito regional ou global. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano – IDH é de 0,813 sendo o 75º do mundo. É, no entanto, um país de contrastes que amarga o 9º pior índice GINI (que mede a concentração de renda) do mundo, tem 10% de sua população (11 milhões) de analfabetos e, quando se projeta para o analfabetismo funcional (que escreve com dificuldade), esse percentual sobe para 25% (33 milhões). Entre as causas da desigualdade podemos citar os 400 anos de regime escravista que apenas explorou a população negra sem investir no desenvolvimento humano, a estrutura agrária latifundiária de economia voltada para a exportação, somada a pouca prioridade dada à educação no decorrer de sua história e a privatização do Estado O Brasil foi colônia do Império Português desde o desembarque de Pedro Álvares Cabral em 1500 até 1815, quando se tornou um Reino Unido com Portugal. Em 1822 o país se tornou independente, formando o Império do Brasil, época em que esteve sob a soberania da família imperial brasileira, um dos ramos da Casa de Bragança, por quem era governado desde 1500, no Brasil Colônia. Em 1889 torna-se uma república, embora a legislatura bicameral, agora chamada de Congresso, remonte à ratificação da primeira Constituição em 1824. Desde a proclamação da república brasileira em 1889, o Brasil tem sido governado por três poderes, o judiciário, legislativo e o executivo, em que o chefe do último, eleito a cada quatro anos pelo voto popular, é o presidente do Brasil. Atualmente o Brasil vive um momento diferenciado da sua história política. Desde 1930, nosso país passou por imensas transformações, em um processo que manteve, ao mesmo tempo, elementos de continuidade e elementos de ruptura. Isso fez mudar sua fisionomia econômica, social, política e cultural, de forma profunda e irreversível. De país rural, tornou-se urbano. De agrícola, industrializado. De um Estado restrito às elites, passou-se a um Estado nacional. De país voltado ao exterior, passou-se a outro voltado sobre si mesmo. De Getúlio Vargas a Lula da Silva transcorreram décadas fundamentais com elementos progressivos e regressivos, contradi¬tórios, que chegam ao começo do século XXI caracterizados por uma circunstância nova. Esta circunstância tanto pode se fechar, sob a forma de um marcante parêntese, como se tornar uma ponte para a ruptura definitiva do modelo herdado e para a continuidade em um novo patamar da construção de um país justo, democrático, soberano.
O QUE É SER CIDADÃO
Afinal, o que é ser cidadão? Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Como exercemos a cidadania? Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socio-econômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados. A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados Unidos da América do Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias
O FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO NO BRASIL (EU APOIO)
A história da legislação eleitoral no Brasil, é a história dos casuísmos e subterfúgios da elite política contra a efetiva participação da sociedade civil no processo de decisão político da nação. Essa tem sido a sua natureza. Só ceder na medida em que a pressão da sociedade civil se tornar insuportável. Durante os regimes autoritários, a regra era mudar para que as forças democráticas tivessem adiadas, ao limite máximo, os espaços para a instauração da democracia. Quem não se lembra dos Senadores Biônicos? São inúmeros os exemplos que demonstram a nossa tese. O voto inicialmente era reservado àqueles que tinham posses materiais, ou seja, os ricos. O voto da mulher foi outra grande conquista que demandou lutas e pressões por setores esclarecidos da sociedade civil da época. Durante todos esses processos eleitorais, que marcaram, para o bem e para o mal, nossa história, um mecanismo de coerção os perpassa de forma escandalosa, marcando tudo que foi construído em nome da democracia: o voto obrigatório. A obrigatoriedade do voto agride a essência da democracia, dá suporte às formas arcaicas de dominação política - os currais eleitorais -, e turva a prática política, uma vez que nivela por baixo a qualidade do voto. Voto ruim, político ruim. Não se pode falar em reforma política, sem que o voto obrigatório seja definitivamente extinto. O voto é a instância celular das instituições democráticas. Comprometa-lhe a qualidade e estarão comprometendo tudo que dele deriva. Porque ele tem resistido tanto, se tudo que falamos parece tão simples e tão lógico? Porque o voto, assim como um recurso mineral, vale muito para quem vive da política. É uma reserva de mercado garantida pela lei. Somos uma espécie de mercado consumidor aprisionado, que periodicamente é disputado por uma pequena minoria, a classe política, para produzir os resultados de uma eleição: a reprodução do poder e do aparelho político. Com a instauração do voto facultativo (livre) haverá, de imediato, um impacto modernizador nas formas arcaicas de dominação política. Os famosos currais eleitorais terão suas cercas e porteiras derrubadas. O eleitor terá seu poder infinitamente aumentado, posto que agora será uma mercadoria rara, que terá que ser muito bem convencido a se decidir por A ou por B. A classe política será obrigada a modernizar suas práticas e discursos de persuasão para se eleger, uma vez que o eleitor que vai votar, em um sistema de voto livre, é aquele que tem mais consciência da importância do seu voto. Um paralelo interessante e esclarecedor pode ser feito com a privatização da economia. O desafio lançado às empresas, é que a competitividade, a qualidade dos serviços e produtos destas é o que vai definir a fatia de mercado que lhes cabe, e não mais uma empresa estatal, carregada de funcionários ineficientes e distantes da sociedade civil.
DEMOCRACIA EXISTE?
Uma discussão interessante que podemos nos propor a realizar em espaços democráticos e de fácil acesso como este, é o que devemos fazer frente a sistemas dito coletivos, corrompidos pelo egocentrismo individual presente em diversas organizações sociais. O termo Democracia e Coletividade são encontrados na grande parte dos discursos atuais, porém isto não vem de hoje, há tempos nota-se presente como ilusão proposta pelas classes dominantes de espírito individualista. A democracia que temos, não é realmente democrática, graças a atitudes autoritárias das elites que dirigem, governam e comandam o povo. Seguindo a cartilha desta catequese atemporal, somos enganados e forçados a acreditar que vivemos a democracia, em especial pelo mísero direito a voto que nos é concedido, pelas opiniões que damos e são descartadas quando não convém. Entretanto fazemos tudo isso influenciados pela vontade destes que ocupam posições de gerencia, de posse, através dos meios de comunicação, de campanhas de marketing, e até mesmo de promessas. Mas será que vivemos em uma democracia real? Ou somos manipulados a escolher o que poucos querem colher? Provavelmente, alguém que se beneficia com este “egosistema” pode ler este curto texto e dizer: ”O que importa é que somos livres, vivemos em um pais democrático”, logicamente tentando defender “o seu”, mas acho que é uma reflexão que atravessa séculos sendo impedida por este ciclo vicioso e que devemos fomentá-la. Deixar de lado esta cadeia de enganador>enganado>enganador... Se permanecermos estagnados, a democracia vai continuar sendo somente um termo utilizado pelas elites carniceiras de poder a qualquer custo, que usa o povo como massa de manobra a fim de decidir de acordo com seus caprichos e interesses individuais. A história está aí para nos ensinar, foi vontade de quem que Barrabás fosse libertado e Jesus crucificado? Foi voto popular, será que era vontade do povo? Cristo representava ameaça a quem? Quem o queria morto? E a morte de Sócrates por julgamento popular, era interessante para quem calá-lo? Bom, creio que as informações contidas neste texto são suficientes para uma boa reflexão sua,meu caro leitor.(GOSTARIA DE RESSALTAR QUE ESTE BLOG É INTEIRAMENTE NEUTRO,NÃO SE COLOCA DO LADO DE NENHUM CANDIDATO QUE AI ESTÁ)
A CIÊNCIA E A ARTE DE GOVERNAR
Você sabia que quem não se interessa por política, acaba sendo governado por aqueles que se interessam? É isso mesmo. As decisões do governo de um país,estado ou municipio dizem respeito diretamente a todos aqueles que vivem ali. Delas dependem, por exemplo, o preço das coisas, a qualidade das escolas, dos hospitais e dos medicamentos e etc. Levando em consideração o fato de a política interferir na vida de todos nós, é fácil concluir que não é conveniente para ninguém ser completamente ignorante em matéria de política. Para compreender bem a questão, entretanto, é necessário recorrer aos estudos históricos, pois as atividades políticas são tão antigas quanto a própria humanidade. Um pouco de filosofia A palavra política deriva do grego "politikós", adjetivo que significa tudo o que se refere à cidade (em grego, "pólis"). Mas o conceito de "pólis" é mais abrangente do que o nosso conceito de município. Na Grécia antiga, entre os séculos 8 e 6 a.C, surgiram as "pólis", que eram, ao mesmo tempo, a cidade e o território agropastoril em seus arredores, que formavam uma unidade administrativa autônoma e independente: uma cidade-Estado, quase como um país nos dias de hoje. Atenas e Esparta são as cidades-Estado mais famosas da Antiguidade grega. De qualquer modo, inicialmente, a expressão política referia-se a tudo que é urbano, civil, público. O significado do termo, porém, expandiu-se graças à influência de uma obra do filósofo Aristóteles (384-322 a.C), intitulada Política. Nela, o filósofo desenvolveu o primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado - ou seja, o conjunto das instituições que controlam e administram um país - e sobre as várias formas de governo. Política, então, passou a designar a arte ou ciência do governo, isto é, a reflexão sobre essas questões, seja para descrevê-las com objetividade, seja para estabelecer as normas que devem orientá-la. Durante séculos, o termo passou a ser usado para designar obras dedicadas ao estudo das atividades humanas que de algum modo se refere ao Estado. Entretanto, nos dias de hoje, ele perdeu seu significado original, que foi gradativamente substituído por outras expressões, como "ciência política", "filosofia política", "ciência do Estado", "teoria do Estado", etc. Política passou a designar mais as atividades, as práticas relacionadas ao exercício do poder de Estado. Política e poder Entendido como forma de atividade ou de prática humana, o conceito de política, está estreitamente ligado ao conceito de poder. O filósofo britânico Bertrand Russell (1872-1970) define o poder como "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados". Um desses meios é o domínio do ser humano sobre a natureza. Outro é o domínio de alguns homens sobre outros homens. Neste último sentido, podemos ampliar o conceito de poder definindo-o como uma relação entre dois sujeitos, dos quais um impõe a sua própria vontade ao outro, determina-lhe a maneira de se comportar. O domínio sobre os homens, contudo, não é geralmente um fim em si mesmo. De acordo com Russell, trata-se de um meio para obter "alguma vantagem". Está claro que o poder político pertence à categoria do poder do homem sobre o outro homem (e não sobre a natureza). Essa relação de poder pode ser expressa de mil maneiras, como a relação entre governantes e governados, entre soberanos e súditos, entre Estado e cidadãos, etc. Porém, é importante ressaltar que há várias formas de poder do homem sobre o homem e que o poder político é apenas uma delas. Dinheiro e a ciência É possível distinguir três grandes tipos de poder do homem sobre o homem. Para começar, há o poder econômico, exercido quando alguém se vale da posse de certos bens para levar aqueles que não os possuem a um certo tipo de comportamento, que, em geral, é a realização de algum tipo de trabalho. Evidentemente, esse é o poder que o patrão exerce sobre os seus empregados. Mas há também o poder ideológico, o poder das ideias, do saber, do conhecimento, que permite o domínio sobre a natureza. Esse poder tem sido exercido pelos "sábios" ao longo da história. Nas sociedades primitivas, eram os sacerdotes. Nas sociedades contemporâneas, são os intelectuais ou cientistas. Pense, por exemplo, no poder que um médico pode exercer sobre o seu paciente, já que dispõe do conhecimento necessário para lhe devolver a saúde. Finalmente, existe o poder político, que se baseia na posse dos instrumentos mediante os quais se exerce a força física (que é toda espécie de potência): é o poder de coação, no sentido mais estrito da palavra. Exemplo: se alguém desobedecer a uma determinada lei, o governo tem poder para ordenar a sua prisão por policiais. Poder político é o poder supremo Por se tratar de um poder cujo meio específico é a força, o poder político é o poder supremo, ao qual os demais estão subordinados. Embora o uso da força seja o elemento que distingue o poder político dos demais, esse uso é uma condição necessária, mas não suficiente, para tornar a sua existência legítima. Não é qualquer grupo social em condições de usar a força. O poder político conta com a concordância de toda a sociedade para usar a força, para ter o seu monopólio, inclusive com o direito de punir todos os atos de violência que não sejam executados por pessoas autorizadas. Isso se torna mais claro quando se pensa na execução de alguém que cometeu um assassinato, nos países onde há pena de morte. Nesses lugares, o Estado tem o direito de tirar a vida de um cidadão para puni-lo por seu crime - embora esse direito seja cada vez mais questionado pela sociedade e pelos cientistas jurídicos. Limites do poder político Além da exclusividade do uso da força, ainda podem ser apontadas como características do poder político: a universalidade, ou seja, a capacidade de tomar decisões que valham para toda a coletividade, no que se refere à distribuição e destinação dos recursos (naturais, humanos e econômicos) no seu território; e a inclusividade, isto é, a possibilidade de intervir em todas as esferas de atividade do grupo e de encaminhar essa atividade ao fim desejado, por meio das leis, ou seja, as normas ou regras destinadas a todo o grupo. Isso não quer dizer, todavia, que o poder político não tenha limites, mas estes variam de acordo com o tipo de Estado. O Estado socialista, por exemplo, estende seu poder à esfera econômica e planeja como a economia deve caminhar. Já o Estado liberal clássico (capitalista) não aceita a intervenção nessa área, deixando que a economia seja regulada por suas próprias necessidades e características peculiares. No Estado totalitário, como as ditaduras, o poder político se intromete em qualquer campo da atividade humana. Entre 1922 e 1943, na Itália, a ditadura fascista de Benito Mussolini chegava a dar prêmios a casais que tivessem muitos filhos, pois estavam gerando cidadãos para servir ao Estado. Objetivo da política Por fim, é conveniente lembrar que até agora tratou-se dos meios da política. Mas ela também tem um objetivo, uma meta, uma finalidade. Uma finalidade mínima e básica, que é comum a toda e qualquer atividade política: a ordem pública nas relações internas do país e a defesa da integridade nacional nas relações exteriores, de um Estado com os outros Estados. Esta é a finalidade mínima porque é a condição essencial para a obtenção de todos os demais fins (desenvolvimento econômico, segurança e saúde, educação, etc.) que, generalizando, devem garantir o bem-estar do povo. Até mesmo o partido que subverte a ordem não faz isso como um objetivo final, mas como fator necessário à mudança da ordem existente e a criação de uma nova ordem.
O LOBO,O LEÃO E A RAPOSA
Achando-se gravemente enfermo, um velho leão decrépito exigia que arranjassem um remédio capaz de curá-lo de seus ataques e de lhe restituir as forças. Alegar impossibilidade aos reis constitui "crime de lesa-majestade", portanto, cada espécie daquele vasto reino apressa-se em apresentar um remédio ao rei leão. Comparecerem animais de toda parte, cada qual trazendo um receita especial: alguns eram doutores, outros charlatães, uns adivinhos, outros feiticeiros. A multidão subia e descia a escadaria que levava ao antro do real enfermo, numa solicitude comovedora. Só a raposa não apareceu, preferindo ficar dormindo em sua casinha. O lobo não deixou de armar uma intriga contra a raposa. E contou ao leão sobre a ausência da raposa. O leão, bravo manda seus soldados desentocá-la e que a obriguem a comparecer. A astuta raposa veio imediatamente e tendo sabido que o lobo fora o autor do mexerico, apresenta-se com mesuras requintadas e diz: - Receio, meu senhor, que uma falsa denúncia tenha imputado como desprezo o fato de ter retardado até agora seu chamado. Entretanto, se tardei em vir apresentar-vos os meus respeitos, é porque andava de romaria para cumprir um voto que fiz pela saúde de Vossa Majestade. Em minha peregrinação não negligenciei em consultar as mais altas sumidades a respeito de vossa doença, que com justa razão, vos traz assim tão preocupado. Descrevi a todo os sintomas do vosso mal e o seu progresso. Eis que me foi explicado que careceis apenas de calor, deste calor que os anos tiraram de vossos membros. Para reconquistardes esse calor é necessário que mandeis escorchar vivo um lobo e em seguida, envolvei o vosso corpo com a sua pele ainda quente e fumegante. O resultado é infalível para esse gênero de fraqueza que sentis. Se a receita for do vosso agrado, o mestre Lobo está aqui presente e prestar-se-á de bom grado a servir-vos de agasalho.! O rei achou interessante a sugestão e aproveitou o conselho. No mesmo instante foi o lobo esfolado vivo, retalhado e feito em postas, enquanto sua pela escaldante aquecia o corpo do leão agonizante. A maldade do lobo dispensa aqui maiores comentários. Todavia o exemplo serve como advertência aos áulicos, para que se abstenham de intrigas, pois o mal que se faz a outrem recai quadruplicado sobre quem o faz. Aos intrigantes sempre chega a hora do ajuste de contas de uma forma ou de outra e sempre acabam por pagar o mal que fizeram.
ALTOS E BAIXOS DA POLÍTICA
É pelo menos insólita a insistência dos nossos círculos oficiais em querer separar, de modo absoluto, o que é político do que não é. Assim, toda ação sindical, toda reclamação da igreja, em suma, todo movimento social, ao postular mudanças, é criticado como inadequado e até mesmo hostil à democracia, já que não lhe cabe fazer o que chamam de política. Ao contrário, as atividades dos lobbies e as exigências de reforma do Estado feitas pelas empresas não são tidas como atividades políticas. Essa parcialidade é tanto mais gritante quando todos sabemos que o essencial na produção da política do Estado tem como atores principais as grandes empresas, cabendo aos políticos propriamente ditos e ao aparelho do Estado um papel de figurantes secundários, quando não de meros porta-vozes. A política se caracteriza como exercício de uma ação ou defesa de uma idéia destinada a mudar o curso da história. No mundo da globalização, onde a técnica e o discurso são dados obrigatórios das atividades hegemônicas, o induzimento à política é exponencial. O mundo da técnica cientificizada é também o mundo das regras, de cujo uso adequado depende a maior ou menor eficácia dos instrumentos disponíveis.
A ESSÊNCIA DA POLÍTICA É LINDA,E NÃO É O QUE ESTAMOS VENDO
A política é conceituadamente uma das instituições mais injustiçadas da face da terra. Baseado em Aristóteles que disse “o homem é um animal político”, isso por si só identifica a política como algo procedente de uma lei natural. Dando ênfase ao conceito, lembremos: política é a ciência da organização, é tudo aquilo que indica os procedimentos relacionados à polis (cidade); política é cidade-Estado, sociedade, comunidade, coletividade. Devemos nos conscientizar de que a política é a essência e requer de cada cidadão postura condizente com o processo administrativo. É a partir daí que nos defrontamos com o fator ideológico. A ideologia é o conjunto de pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. Karl Marx, por exemplo, uniu a ideologia aos sistemas que na teoria poderiam envolver política, moral e social tudo isso forjado pela classe social dominante. Para ele, era objetivo dessa classe. Poderíamos aqui discorrer mais detidamente no quesito ideológico, em especial o embate representado nas lutas de classes. Ao longo da história, um dos embates mais profícuos se deu entre o que chamamos de esquerda e de direita, com clímax no período da guerra fria. Ser de direita ou de esquerda são traços ideológicos do cidadão ou do partido político. Seja de que lado for o cidadão, sua atuação política deverá respeitar os preceitos sagrados dessa ciência. Não é política a defesa apaixonada de quem a faz por causa de um emprego, na maioria das vezes um empreguinho insignificante e dispensável. Não é política a defesa do poder apenas pelo poder em detrimento de uma qualidade de vida melhor para o povo. Não é política o vínculo de poderes que vislumbra tão somente interesses próprios e blindagem ao sistema, deficitário por sinal. Não é política a promoção de pseudo-imprensa, pagas seja lá por quem for, para propagandear fatos repletos de omissões e de “rasgação de seda”. Não é política se proteger de assessoria inapta que também faz as vezes de “leões de chácara”, os famosos “aspones” quando muito “jagunços”. Não é política a manutenção de uma administração no terreno do coronelismo, e nem um governo protegido pela lei de Gérson.